Os professores, Mamede Lima-Marques, Walter Carnielli e o próprio Instituto Modal, tornaram-se integrantes do Instituto Avançado de Inteligência Artificial (AI2). O AI2 é uma iniciativa aberta, inclusiva, sem fins lucrativos e transversal, formado por um consórcio de especialistas em Inteligência Artificial (IA) de universidades e institutos de pesquisa. Reúne uma rede de pares para atuar com IA no setor privado, com o propósito de facilitar a interação com a comunidade científica da área. Com isso, processos de planejamento, recrutamento, orçamento e execução podem ser simplificados, com a garantia de um alto nível de qualidade.
O instituto prioriza a inovação social digital com projetos de impacto socioeconômico e fornece subsídios para criadores de políticas nos aspectos estratégicos da IA. O objetivo é alinhar os interesses dos setores acadêmicos e privados na área para que o Brasil possa acompanhar os desenvolvimentos internacionais.
Pesquisadores de algums dos principais centros de pesquisa e universidades brasileiras participam do AI2 para que o Brasil se aperfeiçoe nessa nova onda tecnológica, a Inteligência Artificial (IA), capaz de desenvolver projetos que impactam diretamente a sociedade.
Para o professor Mamede Lima-Marques “é importante protagonizar o debate para buscar processos éticos de aplicações de IA no mundo real. Para a indústria brasileira, a IA é efetivamente fator de inovação e oportunidades para avanços significativos ”.
Em entrevista ao jornal Estadão, Sérgio Novaes, diretor do Núcleo de Computação Científica da Unesp e um dos fundadores do AI2, fala que o objetivo do instituto é “empregar técnicas modernas de tecnologia digital para desenvolver projetos que tenham impactos na vida do cidadão e na economia do país.”
A influência para a criação do AI2 vem de três pioneiros na área de IA: Geoffrey Hinton, Yann LeCun e Joshua Bengio, que no dia 27 de março, deste ano, dividiram o prêmio Turin, considerado o Nobel da computação. O trio lançou as bases para o atual boom de IA e ocuparam lugares proeminentes na pesquisa da área, abrangendo a academia e a indústria. Desenvolveram, nas décadas de 1990 e 2000, técnicas que permitiram grandes avanços como a visão computacional e reconhecimento de fala. Esses trabalhos sustentam a atual proliferação de tecnologias de IA.